Roteiro Aldeia indígena Tabaçu Reko Ypy

Roteiro Aldeia indígena Tabaçu Reko Ypy | Meio período

Além da natureza deslumbrante, Peruíbe também é cultura. Localizada na divisa entre os municípios de Itanhaém e Peruíbe, a Aldeia Tabaçu Reko Ypy é uma verdadeira imersão as nossas raízes. Visando mostrar a realidade de uma das aldeias indígenas mais tradicionais do estado de São Paulo, a ordem dos atrativos é imprevisível, como a vida.

O roteiro de meio dia é tem início as 09h, e composto por uma palestra onde a Itamirim, líder cultural da aldeia, traz ao turista um pouco dos dilemas que eles vivem constantemente entre a preservação das tradições e o mundo contemporâneo. Já na trilha interpretativa, o turista conhece cada uma das plantas que os índios utilizam para confeccionar seus artesanatos, ferramentas, alimentos e remédios.

Comunicando-se constantemente em tupi, o turista tem a oportunidade de sentir as sensações, sabores e a crença dos povos protetores da floresta. O café da manhã é natural, repleto de frutas, raízes, sem adição de sal ou açúcar, com o sabor que veio da natureza. Os jogos, cantos e danças também fazem parte do roteiro: cada um com seu significado, a beleza do lugar vai muito além da mata nativa de restinga, e do lago que permeia a aldeia. Tudo que é ouvido e sentido no lugar é capaz de trazer uma conexão apenas sentindo para compreender.

Roteiro completo Aldeia indígena Tabaçu Reko Ypy

Seguindo os moldes do roteiro de meio dia, no roteiro completo o turista é convidado a retomar sua essência. Através da palestra, o turista é convidado a refletir sobre os princípios, preconceitos, e convenções em que vivemos hoje.  Sentados ao redor do fogo sagrado, Itamirim compartilha um pouco da sabedoria ancestral indígena através das lendas. Sem uma ordem ensaiada, os turistas são levados para o espaço sagrado deles, através de uma trilha interpretativa.

No caminho, os índios indicam cada uma das plantas utilizada nas confecções de seus objetos e ferramentas, quais são para alimentação e quais são usados na medicina. O almoço segue os padrões do café: temperada a partir de ervas naturais do local, quase que 100% livre de condimentos, o alimento tem um sabor incomparável.

Também são apresentados danças e cantos em agradecimento, o significado de alguns deles bem como dos objetos que utilizam. O processo de pintura corporal também é explicado. As tintas, feitas de elementos naturais encontrados na mata possuem finalidades específicas, também explicadas por ele. O turista tem a oportunidade ainda de participar de alguns de seus jogos tradicionais, que envolvem dança, arco e flecha, entre muitos outros.

A beleza natural da aldeia indígena  complementa a visita: a oca central, o lago e a mata de restinga recuperada pelos índios é um símbolo de que mesmo em meio a era da tecnologia, é possível não deixar sua identidade morrer. Um exemplo disso é a língua – comunicando-se constantemente em tupi, mantendo os gritos de guerra e as vestimentas provam o quanto os eles se preocupam com as tradições.

No término do dia, geralmente finalizado com o canto de adeus, os turistas podem ainda fazer uma pintura corporal, e levar para casa uma pequena lembrança, dessa experiência única.